Frankenstein de Mary Shelley


Título: Frankesntein
Autor: Mary Shelley
Género: Clássico, Ficção, Terror
Ano: 1818
Avaliação: 4 em 5

Frankenstein conta a história de Victor, um estudante de ciências com um sonho que vira pesadelo. Através do conhecimento adquirido e de partes do corpo roubadas do cemitério, cria uma criatura à qual dá vida. No entanto, ao verificar o ser monstruoso e feio que tinha à frente, arrepende-se instantaneamente. A criatura, ainda inocente, assustada e confusa, foge e isola-se. Mais tarde, ao conhecer as pessoas e encarar a sua rejeição constante, cresce no monstro uma sede de vingança que leva a uma série de desastres.

Há muito espaço para reflexão com esta obra e, de certeza que, dá lugar a muitas opiniões divergentes acerca do que é moralmente correto, dos crimes (justificados ou não) e da própria natureza humana. 

É interessante testemunhar a perspectiva de uma mulher, do início do século XIX, que imagina a criação da vida de uma forma que foge completamente à biologia e evolução natural. 
Um homem, obcecado com a ideia de criar vida, pega em pedaços de corpos, sem se preocupar muito com o aspeto e sem orquestrar um plano para aquele ser ao qual dá origem. Vê o seu objetivo concluído e, logo a seguir, percebe que a ideia afinal não era assim tão magnífica... Devemos ter cuidado com o que desejamos? Devemos ter sempre em conta os princípios da natureza e manter a ciência num limite apropriado?
 
A minha faceta de justiceira entrou em colapso com este livro. Muita tragédia acontece, mas no fim, para mim, um deles é o maior culpado - o monstro. Mas, atenção, tanto o criador como a criação erraram bastante.

Frases preferidas

"Eu estou sozinho e miserável. Só alguém tão feio quanto eu poderia amar-me."

"Maldito criador! Porque fizeste um ser tão hediondo de quem tu próprio te afastas desgostoso? Deus, na sua piedade, fez o homem belo e atraente, à sua própria imagem; mas eu sou uma tua imitação, imunda, tornada ainda mais horrível pela semelhança. Satã tinha os seus companheiros, demónios como ele, para admirá-lo e encorajá-lo, mas eu sou solitário e detestado."

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